Para encerrar o post anterior.

Continuando o assunto do outro post eu achei esse video no youtube super interessante, sobre a historia de uma jovem islamica que relata sua experiencia traumatica dentro dessa cultura ate ela fugir disso tudo refugiando-se na Europa e lancando um livro chamado: "Infiel: a Historia de uma mulher que Desafiou o Isla" Ela fala sobre as angustias e a incerteza e principalmente a contradicao do que ela vivia. A historia dela se tornou um documentario, e pra quem duvida ainda porque essas mulheres tem tanto medo, o cineasta desse filme morreu assassinado por um extremista, e atualmente a Ayaan vive escondida porque esta "jurada" de morte. Esse documentario se chama Submission - part I, e no youtube so tem um pedacinho, pra quem se interessa pelo tema, vale a pena procurar em alguma library pra ver, eu ja to procurando aqui, porque fiquei com muita vontade de ver. 

 

Para quem se interessar pode ler nesse  link uma entrevista que ela deu a Revista Veja em 2005

Todo mundo lembra do fatidico dia 11/09, o dia onde o mundo percebeu o quanto o extremismo e perigoso e para milhares de pessoas foi fatal. Acho que foi a partir dessa data que tudo ligado ao islamismo criou uma dimensao maior pra gente. No inicio no minimo meio mundo comecou a odiar e temer eles. Mas depois com o tempo fomos aprendendo e vendo como a cultura deles funcionava e ai veio o choque em saber que as mulheres nao raro sao coisas e nao pessoas, sao propriedade do marido e nao sua companheira, tem medo e nao tem respeito. Uma triste realidade ne?! Mas existem pessoas trabalhando em mudar isso, vou me concentrar em uma historia que vi na semana que fez 10 anos dos atentados no programa dominical Fantastico da rede globo.

E a historia de uma americana que na epoca dos atentados perdeu seu marido no voo 11 da American Airlines. Na epoca ela era mae de 2 criancas e estava gravida do terceiro filho do casal. Quando ela viu aquilo tudo, soube que seu marido tinha morrido, no inicio ela sofreu e odiou, mas depois que ela soube da realidade das mulheres afegas, que eram maes e viuvas como ela, ela resolveu estender a mao e fazer alguma coisa pra ajudar a mudar isso, ou pelo menos mudar a vida de tantas mulheres que ela conseguisse.

Ser mulher no Afeganistao e triste, na epoca do taliba era muito pior, mas atualmente nao e nenhum paraiso. A cada 2 mulheres 1 e analfabeta, e nao tem nada pior pra uma mulher la do que ser viuva. Isso porque a mulher viuva continua sendo propriedade da familia do marido. Entao ou ela e abandonada a propria sorte ou  vai ser obrigada a casar com o cunhado e nao ter direito a nada, fora os maltratos que vai receber.

Entao com muita ajuda Susan (a viuva americana, agora nao mais viuva porque casou novamente) criou uma ONG chamada AHZU. Ela contou com a ajuda de uma socia/parceira americana-afega chamada Razia Jan. O projeto conta com alfabetizacao dessas mulheres, fornece um lugar para elas ficarem, ensina essas mulheres a desenvolverem atividades que gerem renda, tem agua pra elas lavarem roupa e tomarem banho, e tem um playground no espaco para seus filhos brincarem.  Dentre todos os projetos dessa organizacao eles ja ajudaram mais de 10 mil mulheres afegas, mas infelizmente o numero de mulheres por la precisando de ajuda e de milhoes.

Eu achei a materia on line no site deles, que e esse aqui, a materia e super legal, mas se alguem conseguir achar o video pra ver vai gostar mais ainda. Eu quis destacar essa ONG em especial, porque a condicao das mulheres no Afeganistao e uma das piores possiveis, devido a pobreza e falta de recursos no pais. Segundo me chamou a atencao uma viuva mae de 3 filhos, que estende a mao para ajudar mulheres como ela em um pais onde por muito tempo  abrigou os terroristas que mataram seu ex-marido. 

Esse assunto da tanto post que da pra virar um livro, entao resolvi ser breve nesse segundo para nao ficar tao repetitivo, tambem o assunto e meio pesado, ele sempre me deixa em uma mistura de revoltada com tristeza por essas mulheres.

Beijinhos