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Friday, November 28, 2014

Ha 3 anos atras..

Dia 27 de novembro de 2011 as 6:42 da manha eu estava pisando em terras nova iorquinas com duas bagagens cheias de livros e objetos pessoais dentro, uma pasta na mao com o famoso envelope do k1 dentro pra entregar para o oficial de imigracao, e um coracao  cheio de expectativas e esperancas para todos os dias do resto da minha vida. 

As minhas primeiras percepcoes foram que achei o "ceu" mais baixo que no Brasil, as ruas eram tao grandes e tinha tanto carro para tudo quanto e lado. Tambem lembro de nunca ver pessoas nas ruas, e que 61 graus Fahrenheit era super frio pra mim. Tambem me encantei com os esquilos correndo e pulando pra tudo quanto e lado.

Nesses 3 anos eu amadureci bastante, me senti perdida muitas vezes e sem ter nocao de que  rumo  tomar aqui. Mas ate que esse processo de se perder e se achar foi bom pra eu me conhecer melhor, e descobrir novas qualidades que nem sabia que existiam dentro de mim. Aprendi a ser uma filha melhor, uma irma mais amiga e uma amiga mais parceira. Nesse tempo minha vida passou por um filtro, os ditos amigos foram se revelando aos poucos se eram amigos de verdade ou nao, membros da familia se afastaram e outros se achegaram mais. Hoje em dia eu sinto que so ficou na minha vida aquelas pessoas especiais que eram pra ficar mesmo.

Outras coisas que me foram acrescentadas aqui e ver o mundo por outros olhos e perspectivas, e engracado conviver com tanta gente de  partes diferentes do mundo, a "cabeca" parece que amplia e as barreiras diminuem, e hoje mais do nunca certas coisas nao fazem o menor sentido pra mim.  O meu estomago acompanhou a minha cabeca e internacionalizou tambem, agora juntei o prazer de comer com o gosto por tentar comidas diferentes.

Posso dizer que tres anos depois eu sou uma pessoa mais forte,  me sinto mais capaz de encarar os problemas de frente e me virar quando e preciso; mas ao mesmo tempo eu sinto falta do colo da minha mae de vez em quando. A saudade hoje em dia e menos dificil de lidar mas ela continua comigo aqui, sinto saudade da minha familia, do riso do meu sobrinho, do barulho do telefone tocando o tempo todo "la em casa" (pois e, a casa da minha mae e sempre "la em casa") e das minhas gatas.

Hoje em dia eu sinto que to comecando a ter algo proximo de uma vida dita normal por aqui, acho e espero que a cada ano isso fique melhor. E que venham muitos anos de experiencia e comemoracoes =)

Beijinhos





Friday, November 7, 2014

Sentindo saudade dos "socios"

Viver longe da familia nao e tarefa facil pra ninguem. Desde que mudei pra ca eu tenho uns ciclos engracados, tem epoca que fico de boa e consigo administrar bem a saudade, tem epoca que esse sentimento fica mais forte e por algum motivo fico mais sensivel e chorosa. Qualquer coisa me faz lembrar da familia, as vezes quando compro alguma coisa no supermercado, um programa na tv que assito, um comercial ou alguma memoria boba que surge do nada.

Esses dias eu tava dando uma organizada no meu closet, eu adoro perfume e maquiagem, e sou daquele tipo que gosta de ter opcoes, nunca tive um perfume so, sempre tive uns 4 ou 5 por vez porque o perfume tem que combinar com o humor do dia, com o lugar onde vou e por ai vai. Quando vivia no Brasil meus perfumes nao duravam mais de 4 meses, isso porque os "socios" sempre faziam a festa (inclusive meu irmao porque eu gosto de alguns perfumes masculinos).

Eu lembro que vez por outra eu sempre me irritava com essa mania deles e la vinha as brigas, com a minha irma entao era briga dupla porque ela sempre gostava de atacar minha maquiagem e isso me deixava tao irritada. Com o passar dos anos fiquei esperta e comecei a presentear eles com perfumes, maquiagem, hidratante, e assim os ataques aos meus comecaram a diminuir mas nunca pararam de vez.

Hoje em dia eu ate estranho o tempo que leva pra um perfume acabar, ou o quanto minhas maquiagens duram aqui, acho que me acostumei com o tempo de duracao com o uso coletivo la de casa. O tempo e algo que realmente muda a gente, hoje em dia ja nao ligaria mais pra essas coisas, olhando pra tras eu percebo o quanto a gente cresce e amadurece vivendo longe da nossa familia, ou talvez a gente amadurece da mesma forma, mas vivendo longe deles isso tem um signifcado diferente. 
Beijinhos
 
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